sexta-feira, 27 de julho de 2007

Ah, então é por isso...!

«Uma situação tão extrema [uma taxa de fertilidade de 1,36 nascimentos por mulher] não pode advir de acaso, acidente ou tendência de fundo. Ela nasce de uma estratégia sistemática e continuada.
Ao longo das últimas décadas temos vindo a assistir à propagação de uma ideologia e cultura hedonista e laxista, violentamente contra o casamento, a natalidade e a família.
Das leis às telenovelas, do chamado "Ministério da Educação" à publicidade e aos discursos, tudo veicula uma cultura considerada "moderna, tolerante e progressiva", que se manifesta na promoção do aborto e da promiscuidade, na facilitação do divórcio, adultério e homossexualidade. Os resultados estão à vista: os portugueses são uma raça em vias de extinção.»
João César das Neves, Economista e Professor Universitário (naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt), in Destak, 25/07/2007


Depois de uma pérola destas, não há nada que eu possa acrescentar que não estrague a qualidade da lição apresentada pelo Professor João César das Neves, ainda por cima benemeritamente veiculada por um jornal de distribuição gratuita.
No entanto, eu gostaria só de dizer, e assumindo a minha (pese embora licenciada) insignificância intelectual perante o portentoso orador, que faltou referir a raiz de todo este mal, o cancro que, realmente, está a conduzir os portugueses ao abismo da existência: a entrada da mulher no mercado de trabalho.
Porque, quer dizer, tudo bem, os abortos e os paneleiros e tal, mas nada disto existiria se as mulheres não tivessem saído de casa, porque toda a gente sabe que boas mães não criam filhos homossexuais! Promiscuidade e adultério? Mulher que se preze nem sabe pronunciar correctamente tais palavras; abre as pernas, fecha os olhos, respira fundo e pensa que é pelo bem da Nação!
Meus amigos e minhas amigas, salvemos os portugueses da extinção! Sejamos verdadeiramente modernos, tolerantes e progressivos (sem aspas!)! Este país precisa de alguém que lhe aponte o caminho da salvação, e o meu voto vai para o Professor João César das Neves... E vocês? Querem ser responsáveis pela morte lenta de Portugal?
F*dam pelas vossas vidas! Mas só depois de casar...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Já fiz

Pronto, já sou Licenciada :)
Até quando é que vale respondermos "estudante" quando nos perguntam a profissão?

quarta-feira, 18 de julho de 2007

As Boas

Uma família na qual não nasci, mas que adoptei e me adoptou, em toda a acepção da palavra.

Beijos para todas :)


terça-feira, 17 de julho de 2007

Está quase

Até ao fim desta semana, poderei considerar-me Licenciada em Ciências da Educação. O parto foi difícil, mas, ao fim de uma semana de reclusão, entreguei ontem o relatório de estágio.
Eu sou assim, neste aspecto julgo-me tipicamente portuguesa: tenho uma espécie de relógio interno que me diz "Se não começares o trabalho neste exacto momento, não vais ter tempo de o fazer". As melhorias foram imensas, ao longo destes cinco anos, mas sou daquelas que deixa tudo para a última da hora. Do estilo, passar o dia inteiro sentada ao computador ou à secretária a ler (sim, porque também se tem aplicado ao estudo para os exames), deitar-me às duas da madrugada e ter de me levantar às seis da manhã, para conseguir entregar no prazo. Desta vez, talvez por ser a última, fui suficientemente disciplinada para começar uma semana antes do final do prazo. Já não é mau, tendo em conta que já escrevi um trabalho de 50 páginas practicamente de um dia para o outro.
Não me dei mal, confesso. Nunca falhei um prazo de entrega, nunca deixei nenhum exame para segunda chamada. Em cinco anos de curso, não fiz nenhuma cadeira com menos de 13 (e foi só uma), nunca deixei uma cadeira para trás, fiz duas melhorias (na primeira, passei de 10 para 17, e na segunda de 13 para 14; era esse o meu objectivo, tirar pelo menos um 14).
Começo a entrar na fase do "e tudo isto, para quê?", mas ainda não me deixei apoderar pela angústia. Se mais nada houver, há-de sempre haver por aí algum balcão da Zara, ou alguma caixa do Pingo Doce. Parada é que não.
Está quase.