sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Novidade

Bom, haveria muitas formas de o dizer, mas escolhi aquela que me pareceu mais engraçada. Já falta pouco...! :)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"De momento não é possível atender o seu desespero, por favor tente mais tarde"

Eram 10:01h, hora certa, confirmada pelas dez badaladas do sino da Igreja de N. Sra. do Carmo, e pelo site da DHL, com as horas exactas de todos os sítios do Mundo. Comecei a tentar ligar. No site dizia "Telefone (10 às 17h, dias úteis): +351 21 392 43 10" e eu, crente, deixei passar mais um minuto, não vá a senhora telefonista ter-se atrasado porque a moeda para o café encravou na máquina, ou porque o elevador ia cheio, ou porque o computador demorou mais tempo do que o costume a arrancar. Pode acontecer, pensei eu, também não é uma questão de vida ou morte, só estou há duas semanas à espera de um papel que, me disseram, demoraria sete dias a chegar, pensei eu.
Uma hora e mais de trinta tentativas depois, continuo à espera. Durante os primeiros dez minutos, uma senhora respondia, "De momento não é possível atender a sua chamada, por favor tente mais tarde. At the moment it is not possible to answer your call, please try again later". Depois, veio o sinal de impedido. Sempre, sempre impedido. E eu a pensar, "Mas como é que é possível, que raio de assunto é que esta gente tem a tratar, que ainda não desocuparam a m*rda do telefone?!". Mais dez minutos, e eu "Pá, isto não é normal, mas será possível que ainda não tenham acabado de tratar do assunto?!". Mais vinte minutos, "Ok, já percebi, nem sequer estão a atender o telefone, deve estar fora do descanso, não estão para se ralar".
Acho que estou condenada a esperar horas, seja em que sítio for, para depois demorar cinco minutos a resolver o meu assunto. Começo a achar que há pessoas que retiram alguma espécie de estranho prazer de esperar em filas... Quando chegamos a um balcão com vários guichets de atendimento, há sempre um que tem mais gente, e é normalmente para esse que as pessoas se dirigem. Porquê? Será alguma espécie de instinto básico de matilha? Ou será que pensam que deve haver alguma boa razão para toda a gente querer ser atendida no mesmo balcão?
Quando há um sistema de senhas, então, é fatal como o destino, das duas uma: ou todos os outros balcões atendem à velocidade da luz, excepto aquele onde temos de ser atendidos/as, ou até pode estar tudo a correr "sobre rodas", mas o/a cliente exactamente antes de nós (ou dois números antes) tem dez milhões de assuntos para tratar, além de que vai aproveitar para se queixar das dores nas costas que o/a têm incomodado, mais a unha encravada do/a marido/mulher, mais o/a filho/a que vai chumbar, "E já agora, só mais uma informaçãozinha, não me sabe dizer qual é o sentido da vida, não?"...
Eu até sou uma pessoa paciente, juro, mas começo a achar que esta coisa do atendimento nos serviço públicos não passa de uma estratégia governamental para nos deixar a todos/as à beira de um esgotamento nervoso...