segunda-feira, 13 de outubro de 2008

My day as a princess

...Ou como disse a minha amiga Cátia, perante a incansável parelha de mini-assistentes que disputava a cauda do meu vestido de cada vez que eu pensava em mexer-me: "Tens a noção de que hoje, para eles, és a Floribella?"
:D


sábado, 4 de outubro de 2008

Love is a Many-Splendored Thing

Viver junto, concubinar, dividir despesas, casar, coabitar... Seja o que for que se lhe quiser chamar, por conforto ou por opção, deliberada ou despreocupadamente, esta coisa de partilhar uma casa, uma vida com alguém é, de certeza, uma das escolhas mais reflectidas e, ao mesmo tempo, mais espontâneas que tomamos ao longo de toda a nossa vida.
É difícil falar sobre o amor, sobre algo que nos preenche o corpo e a alma a todas as horas do dia, e sobre a qual raramente pensamos ou falamos de forma estruturada. É um pouco como a saudade que sentimos de quem já não está entre nós: está lá, está sempre lá, é um sentimento que nunca morre; às vezes é tão forte que nos deixa um nó na garganta e os olhos marejados de lágrimas, outras é tão suave que quase nem nos apercebemos do descompasso do coração provocado pelo soar da voz da pessoa que amamos.
Penso que, muitas vezes, o prurido das pessoas em falar sobre as suas escolhas no campo afectivo tem a ver com aquela tendência inaudita de nos levarmos, a nós próprios/as e aos/às outros/as, demasiado a sério. Temos aquelas ideias pré-fabricadas sobre a forma como as relações devem funcionar, e temos pudor em reconhecer, perante nós mesmos/as e os/as outros/as que aquilo que estamos a viver e a sentir é diferente, é único, é nosso, porque todas as pessoas são diferentes e únicas. A diferença é uma coisa desconfortável, e enquanto não soubermos viver com ela, nunca seremos genuínos/as, e nunca nos entregaremos verdadeiramente. E sem entrega não pode haver amor... No entanto, a entrega nunca é anulação: a relação certa para cada um/a de nós é aquela que nos permite sermos como realmente somos, e eventualmente, através dela, descobrirmos outras facetas que desconhecíamos.
O verdadeiro amor é aquele que nos dá espaço e tempo, para rir e chorar, para avançar e recuar, para fazer asneiras e para tomar as opções certas. O verdadeiro amor é aquele que nos faz sentir que, apesar de existirem 6 biliões de outras pessoas no mundo (e quantas mais, quem sabe, no Universo), não há mais ninguém com quem gostaríamos de partilhar aquele momento, aquele lugar. É aquele que descobrimos todos os dias... no acordar remelento, do outro lado da mesa do pequeno-almoço, no beijo distraído à despedida, na fotografia que trazemos sempre na carteira, do lado de lá de uma sms, num aniversário, num dia triste, na rotina, nas dificuldades, nas gargalhadas que nos deixam sem fôlego, numa troca de olhares de um milésimo de segundo, na piada que mais ninguém entende, nesta casa que dizemos "nossa". É assim o amor, para mim. Sem dramas, sem "para sempre", sem suster a respiração, genuíno, corpo-a-corpo. Feliz, muito feliz.
Estou apaixonada; nota-se?